"Ontem a gente foi surpreendido com um caso de violência brutal, violência doméstica contra mulher e eu como minoria, uma excessão, uma mulher na política, me sinto na obrigação de usar minha voz para chamar a atenção para este caso. A gente fica muito indignada quando vê casos de violência chegando às vias de fato, quando a mulher apanha brutalmente e com o feminicídio, que é a última instância da violência contra a mulher. Mas a violência não começa com a agressão, ela começa com aquela violência velada, que muitas vezes a sociedade é conivente. Ela começa com a violência verbal, violência moral, violência psicológica, que muitas vezes passa despercebida e acaba inibindo a mulher de denunciar".
A parlamentar destacou que a sociedade não deve ser omissa em casos de violência contra as mulheres e que as mulheres que enfrentam essa batalha militando na política, "tem a missão de amplificar a voz das mulheres que estão sofrendo, e quero me solidarizar com as milhares de mulheres que diariamente são vítimas de violência".
"Eu não posso me calar diante de uma situação dessa, gostaria de ressaltar mais uma vez a importância de Timon ter uma sede própria da delegacia da mulher, porque eu, como mulher e advogada, já acompanhei mulheres que foram denunciar agressão e foram questionadas na hora de prestar depoimento , foram questionadas a sua maternidade, porque não aguentaram um pouco mais e isso é um absurdo. Eu não aguento mais ver situações como essa, não aguento mais ver mulheres morrendo e a gente não pode ser conivente com nenhuma modalidade de violência. Agora, recém nomeada como procuradora adjunta da procuradoria especial da mulher nesta Casa eu gostaria de reforçar o meu compromisso com as mulheres timonenses. Mulheres timonenses, vocês tem vez, vocês tem voz e vamos nos unir pois nós somos maioria".