Quando a ré ainda seria vantagem

Blog Lucas Moura
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Para lançar foguetes, a NASA passa anos maturando o projeto. Espoca uns, aborta o lançamento de outros para, por fim, enviá-los com segurança ao espaço. Aí, vão estudos de propulsão, combustível, aerodinâmica, tempo, clima, dentre outras grandezas científicas que não nos cabe relatar. Porém, é importante ressaltar que nada é por acaso. 


Foguete não dá ré, é verdade. Mas sem avaliar se terá propulsão sozinho, sem o apoio de quem o elegeu nas eleições passadas, o foguete pode estagnar politicamente; o combustível tem que durar toda a jornada eleitoral, do contrário, não dará ré, realmente, mas voltará sem forçar a marcha. Já diria Newton, em sua Lei da Inércia “Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele.” O foguete, nesse caso, nem precisou dar ré. Essa situação específica, fez a Inércia agir naturalmente, apresentando consigo o domínio da inépcia. 


O tempo e o clima devem ser respeitados. Especialistas avisaram: "calma, as previsões não são favoráveis ao teu lançamento." Foguete que não escuta cuidado... 


Foguete não foi, não vai e, provavelmente, acabará não indo. Aceleração maior que a marcha, ou passo maior que a perna, como queiram, podem decretar um retrocesso político por culpa da ingratidão somada à ganância. E aí, a queda mostrará que é muito pior que a ré. Uma é recuo mecânico, calculado, necessário até; a outra é explosão ao bater no solo. E explosão, como sabemos, machuca piloto, passageiros e entusiastas do voo.

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