GAECO prende empresário e desmantela esquema de falsificação de documentos em Timon

Blog Lucas Moura
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Na manhã desta quarta-feira, 14 de agosto de 2024, o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Maranhão deflagrou a Operação Paralelo II, que resultou na prisão de quatro pessoas em Timon. A ação teve como alvo principal o empresário Erlino Mendes Oliveira, dono da empresa Atlas Assessoria & Imóveis, acusado de liderar um esquema de falsificação de documentos públicos e privados utilizando o nome do cartório do 1º ofício de Timon.


Erlino Mendes Oliveira não atuava sozinho. O esquema também contava com a participação de seu filho, Erlino Júnior, de um funcionário do cartório, que foi afastado após a descoberta das irregularidades, e de um cabo da Polícia Militar do Maranhão. Este último recorria a Erlino para obter documentos falsos destinados a terceiros. Todos os envolvidos foram alvos de mandados de prisão preventiva cumpridos nesta quarta-feira, além de outras sete pessoas que também faziam parte da organização criminosa.


Segundo o promotor Francisco Fernando, do Gaeco de Timon, Erlino Mendes era procurado por diversas pessoas que buscavam serviços de falsificação com diferentes objetivos. As fraudes incluíam desde a evasão de tributos, transferências ilegais de imóveis, adulteração de documentos de veículos de procedência duvidosa, até a falsificação de documentos de terrenos. "Havia pessoas que demandavam fraudes diversas, muitas vezes sem se conhecerem, mas todas tinham como alvo principal Erlino", explicou o promotor.


Erlino Júnior, filho do empresário, também foi preso por estar profundamente envolvido no esquema, seguindo os passos do pai. "Ele cresceu sendo orientado ou desorientado para o cometimento de crimes e já estava se tornando um especialista em fraudes, atuando como uma espécie de estagiário do crime", destacou Francisco Fernando.


O promotor também comentou sobre a participação do cabo da PM do Maranhão, que foi identificado como um dos clientes do esquema de falsificação. "As evidências mostram que ele operava com veículos de procedência ilegal e adulterava documentos. Ele alegou não ter envolvimento, mas as provas indicam o contrário. Agora, ele terá a oportunidade de se defender e o Judiciário decidirá sobre a sua culpabilidade", afirmou Francisco Fernando.


O ex-funcionário do cartório também desempenhou um papel crucial no esquema, sendo descrito como o "braço direito" de Erlino dentro da operação. "Ele era o responsável por fazer o meio de campo no cartório, recebendo as demandas e facilitando as falsificações", explicou o promotor.


O promotor Francisco Fernando ainda ressaltou a existência de um verdadeiro "cartório do crime" operando na cidade, disponível para atender qualquer tipo de demanda criminosa relacionada à falsificação de documentos. Durante a primeira fase da Operação Paralelo, deflagrada em dezembro do ano anterior, já havia sido identificado esse "cartório do crime", que oferecia serviços de falsificação de certidões de óbito, nascimento, aposentadoria, entre outros documentos.

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