Rubens Pereira deixa prefeito Ferdinando Coutinho em saia justa sobre terras no povoado Marajá

Uma grande polêmica tem movimentado os bastidores do cenário político no município de Matões. A controvérsia gira em torno de uma possível hipoteca de 3 mil hectares de terra que, por mais de 50 anos, estiveram sob o domínio do prefeito Ferdinando Coutinho. Desses 3 mil hectares, mais de 680 hectares foram destinados aos moradores locais, que agora se encontram também envolvidos na questão da hipoteca.

Essa situação, caracterizada pelo uso de má fé, veio à tona e está dificultando a liberação da documentação dos terrenos de 86 moradores no povoado Marajá, localizado na zona rural de Matões. O problema ganhou visibilidade após a declaração pública do secretário de Estado da Articulação Política, Rubens Pereira "Rubão". Ele destacou que essa questão vem afetando dezenas de famílias que sonham em ter o título da terra onde vivem e produzem.

Ferdinando Coutinho, por sua vez, afirma não possuir contas bancárias e não dever nada ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB), instituição onde as terras estão supostamente hipotecadas. Ele negou veementemente ser o proprietário do local, tentando assim se esquivar das acusações que lhe foram dirigidas.

Sem argumentos sólidos e em um tom desesperado e apelativo, Coutinho chegou a solicitar ao governador Carlos Brandão a demissão de Rubão, caso este não conseguisse provar suas afirmações. Essa reação levantou ainda mais suspeitas e questionamentos sobre a veracidade das declarações do prefeito Ferdinando Coutinho.

Rubens Pereira, em resposta aos ataques de Ferdinando, foi enfático: "Vamos fazer o seguinte, prefeito Ferdinando! Diga quem está com as terras hipotecadas e informe aos moradores do Marajá, pois eles precisam do documento da área. Diga quem fez isso por você, pois todos sabem que o Marajá era seu. Se não é mais, diga a quem pertence. O que nós queremos, em nome do povo daquela localidade, é que os documentos sejam repassados a eles para que possam fazer investimentos no que é deles", destacou Rubão.

Essa situação coloca Ferdinando em uma posição extremamente delicada, forçando-o a esclarecer em nome de quem estão as terras, para quem ele as vendeu e por que ele se recusa a abrir a "caixa preta" e dar uma posição clara ao povo, que tanto necessita dessa informação para garantir seu direito à terra.

Agora, a pergunta que ecoa em Matões e que precisa ser respondida é: "Quem hipotecou as terras do Marajá?" A transparência e a verdade são essenciais para resolver essa questão, que afeta diretamente a vida e os sonhos de 86 famílias no povoado Marajá. 

A população do povoado Marajá aguarda ansiosamente por respostas e ações que possam garantir a segurança e a regularização de suas terras.

Informações do Blog do Galvão