Um áudio vazado revelou uma ordem polêmica dada pelo prefeito de Peritoró, Dr. Júnior, em conjunto com o secretário de Educação, Douglas Almeida, determinando que gestores escolares neguem declarações a alunos cujos pais não permitirem a participação no desfile de 7 de setembro. Veja.
A gravação, que rapidamente circulou nas redes sociais e grupos de mensagens, expôs a orientação de que famílias que não colocarem seus filhos no evento cívico serão impedidas de retirar documentos escolares essenciais, como a declaração necessária para a atualização do cadastro do Bolsa Família.
O áudio vazado é da diretora da escola do KM 29, Elzilane Jansen Lima.
Essa medida arbitrária representa uma clara violação dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição, ao usar a participação em um evento cívico como moeda de troca para o acesso a direitos básicos. O direito à educação e aos benefícios sociais, como o Bolsa Família, não deve jamais ser condicionado a obrigações extracurriculares ou qualquer tipo de atividade que dependa da vontade ou disponibilidade das famílias.
A participação do secretário de Educação, Douglas Almeida, juntamente com o prefeito, amplifica a gravidade da situação, já que ambos são responsáveis por zelar pelo acesso pleno à educação e à proteção social, especialmente em uma cidade onde muitas famílias dependem desses recursos para sobreviver. Ao usarem sua autoridade para impor condições arbitrárias, estão violando princípios éticos e legais, além de prejudicarem diretamente as comunidades mais vulneráveis.
O vazamento desse áudio exige uma resposta contundente das autoridades e uma investigação rigorosa sobre o abuso de poder. A manipulação de direitos fundamentais com fins políticos é inaceitável e deve ser imediatamente condenada, em defesa da dignidade e dos direitos dos cidadãos.