Luciano, de analista político a Beato Salu das redes sociais

Blog Lucas Moura
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As eleições municipais de 2024 em Timon revelaram um cenário interessante e marcaram uma dura derrota para o grupo político liderado por Chico e Luciano Leitoa. O ex-prefeito, que se projetava como uma espécie de analista político e “guru” das estratégias eleitorais, acumulou previsões equivocadas ao longo da campanha. A candidata que ele apoiava, Dinair Veloso, foi derrotada por Rafael, desbancando o favoritismo que Leitoa insistia em garantir ao longo da disputa.  


Desde o início da campanha, Luciano Leitoa se posicionou como um analista que, segundo ele próprio, conhecia profundamente o eleitorado de Timon. Nas redes sociais e em eventos públicos, ele afirmava que a vitória de Dinair Veloso era apenas uma questão de tempo, subestimando a força da oposição liderada por Rafael e seu grupo. As projeções que fez — como a fragilidade da candidatura adversária e a rejeição imensa de Dinair — se mostraram completamente fora da realidade eleitoral do município.  


A confiança exagerada de Luciano transformou-se em um espetáculo de autossuficiência. Enquanto Rafael ganhava adesões importantes e crescia nas pesquisas de intenção de voto, o ex-prefeito insistia em negar qualquer ameaça, pintando um cenário ilusório de hegemonia. No fim, todos os diagnósticos que ele publicamente defendeu durante a campanha desabaram diante da realidade das urnas.  


Outro aspecto que marcou essa campanha foi o tom agressivo adotado pelo grupo de Luciano Leitoa. A campanha de Dinair Veloso, longe de ser um debate de ideias, tornou-se uma arena de ataques pessoais e ressentimentos. O discurso do ódio foi utilizado como ferramenta central para tentar desmoralizar Rafael e seus apoiadores, mas a estratégia se revelou um tiro no pé. O eleitorado timonense rejeitou essa postura beligerante, principalmente com vídeos gravados pelos caciques Leitoas. Com isso, o eleitor acabou preferindo uma proposta de renovação encabeçada por Rafael. Os votos refletiram não apenas o desejo por mudança, mas também a insatisfação com o clima de animosidade que marcou a campanha de Dinair Veloso.  


Luciano Leitoa parecia incapaz de aceitar qualquer crítica às suas previsões ou reconhecer os sinais claros de desgaste do seu grupo político. Em diversas ocasiões, ele reagiu com ironia e desdém a análises externas que indicavam o crescimento do opositor. A confiança absoluta em seu diagnóstico tornou-se arrogância, e essa postura acabou isolando ainda mais o grupo que já enfrentava dificuldades. A eleição em Timon trouxe uma mensagem clara: o tempo em que a antiga liderança de Leitoa era incontestável ficou para trás. A derrota de Dinair Veloso foi não apenas uma virada eleitoral, mas também um recado do eleitorado contra o uso de rancores pessoais como principal estratégia política.  


Com a vitória de Rafael, Timon inicia uma nova fase política. A expectativa da população é que o novo prefeito una ainda mais o município em torno de um projeto de desenvolvimento. Rafael, ao longo da disputa, evitou o confronto direto e apostou em uma mensagem de esperança e transformação, o que acabou conquistando o eleitorado.  


A lição que fica para Luciano Leitoa é que a política não é uma ciência exata, e o apego à convicção de estar sempre certo pode ser fatal. O eleitorado de Timon provou que quer mais do que ataques e promessas repetidas: quer mudança e serenidade na condução dos seus destinos.

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