No público ninguém sabe, mas no privado quem conviveu sabe tudo o que o agora prefeito eleito Pedro Medeiros (PL), precisou aguentar para chegar onde chegou.
Conviver com a forma ditadora, violenta, ameaçadora e perseguidora do ainda prefeito Arquimedes Bacelar não é tarefa para cristão e se não fosse pelo seu temperamento, Medeiros não teria aguentado tanto.
Foram muitas as brigas ao longo desses quase 08 anos, mas Pedro Medeiros resistiu. Resistiu pelo silêncio, pela força de vontade e principalmente por saber que tinha um alvo: ser prefeito de Afonso Cunha.
Mas o agora prefeito eleito não era o favorito e só foi alçado ao posto de candidato, em razão da recusa da população de aceitar uma sobrinha tirada da cartola para manter o poderio do mandatário que ver a prefeitura como uma extensão da sua casa.
Arquimedes é entrão, sufoca, se acha o último biscoito do pacote e na eleição fazia de tudo para aparecer mais do que o próprio candidato a prefeito. Mesmo visivelmente constrangido com a interferência, Pedro consentia porque quem quer tanger galinha não diz xô.
Esse perfil do prefeito eleito fez com que ele achasse abrigo debaixo das asas do todo poderoso deputado federal Josimar de Maranhaozinho (PL), que bateu o pé e lhe protegeu da traição de quem muda de humor como quem troca de roupa.
Passado as confusões e revezes do período eleitoral, Pedro Medeiros agora tem as chances de se livrar do peso que representa o ainda prefeito “cambirimba” para poder ter as chances de governar a cidade em paz.
E a briga que pode causar o rompimento dos dois oficialmente poderá iniciar na eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores.
Mas essa é uma outra história…
