Na dinâmica política, existe uma crença comum entre candidatos e lideranças: "Quem não é visto, não é lembrado".
A ideia sugere que estar presente em eventos, participar da campanha, tirar fotos e marcar presença nas redes sociais são as chaves para se manter relevante. No entanto, essa lógica ignora uma verdade fundamental da política: o reconhecimento não vem apenas da visibilidade, mas, principalmente, do trabalho realizado e da lealdade construída ao longo do tempo.
Muitos que se dedicam a eleger um político acreditam que terão espaço e reconhecimento após a vitória. São cabos eleitorais, coordenadores de campanha, apoiadores de base, pessoas que muitas vezes, sacrificam tempo, recursos e até mesmo relações pessoais para defender um projeto político. No entanto, a realidade pós-eleição é frequentemente diferente. Nem todos são valorizados como realmente deveriam, e muitos são deixados para trás assim que os holofotes da campanha se apagam.
A política não pode ser reduzida a aparências ou a quem está mais presente em fotos e vídeos. O verdadeiro reconhecimento vem da gratidão, da palavra cumprida e do respeito pelo esforço de cada um. Quem realmente constrói um projeto político sabe que fidelidade e trabalho não podem ser trocados por simples aparições públicas. Afinal, quem valoriza apenas a imagem pode acabar cercado de oportunistas, enquanto aqueles que realmente ajudaram ficam esquecidos.
A grande lição é que, na política, mais do que ser visto, é preciso ser lembrado pelo que foi feito.