O grupo liderado pelo ex-prefeito Fábio Gentil na Região Leste do estado enfrenta um significativo enfraquecimento, evidenciado pelas recentes mudanças promovidas pelo governo estadual. Na nova reorganização das regionais, Gentil perdeu o controle do Hospital Macro Regional, do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), de parte da gestão do Hospital de Traumatologia e Ortopedia (HTO) e de outros cargos que estavam sob sua influência.
Além dessas perdas, cujos postos foram redistribuídos para adversários políticos da região, o governo estadual criou a AgemLeste, uma supersecretaria responsável por supervisionar todas as pastas regionais e implementar ações de fiscalização. A AgemLeste ficará sob a influência do deputado estadual Catulé Júnior, que indicou Gabriel Tenório—segundo candidato mais votado nas eleições de 2024 em Matões—para comandar a pasta.
Essa movimentação política sugere uma aproximação entre Catulé Júnior e a oposição de Matões, liderada por Rubão, atual secretário de Estado de Articulação Política e pai do deputado federal Rubens Júnior.
A perda de influência de Fábio Gentil é vista como uma retaliação do governo estadual após a eleição para a presidência da Assembleia Legislativa, na qual sua companheira, a deputada estadual Daniella, optou por votar em Othelino Neto, aliado histórico de Gentil.
Com a popularidade em declínio e uma quase derrota nas eleições de 2024 em Caxias, Fábio Gentil enfrenta um cenário político desafiador. Para 2026, ele terá que lidar com a crescente falta de credibilidade no estado, contando atualmente com apenas uma prefeitura sob seu comando, menos de 50% do eleitorado apoiando suas candidaturas e nenhuma aliança significativa consolidada.
A corrida eleitoral de 2026 promete ser acirrada para Gentil.